Guias para a redação de artigos com resultados de pesquisas científicas

 

 

Leila Posenato Garcia

orcid logo https://orcid.org/0000-0003-1146-2641

Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro),
Escritório Avançado de Santa Catarina

e-mail: leila.garcia@fundacentro.gov.br

 

Introdução

Os artigos que relatam resultados de pesquisas devem fornecer informações claras e completas sobre cada etapa do desenvolvimento do estudo, de modo que os editores, revisores e leitores possam compreender as evidências existentes sobre o tema, as lacunas que o estudo busca preencher, quais os métodos utilizados e os resultados obtidos.

Contudo, a maioria dos pesquisadores não são especialistas em comunicação e muitas vezes apresentam dificuldades na redação científica, de modo que inúmeros artigos contendo relatos incompletos das pesquisas são publicados. Globalmente, a pesquisa biomédica e de saúde pública envolve bilhões de dólares e milhões de pessoas. Entretanto, grande parte destes recursos são desperdiçados, e a publicação de relatos inadequados é uma causa importante de desperdício. Embora tenha havido melhora ao longo do tempo, os relatos de pesquisa ainda são menos úteis do que poderiam ser, algumas vezes por serem enviesados ou incompletos, ou por não permitirem a comparação com estudos similares (Chalmers & Glasziou, 2009; McLeod et al, 2014). Além disso, relatos completos são necessários para que a pesquisa possa ser replicada, ou incluída em estudos de revisão sistemática da literatura.

Nesse contexto, os guias de redação científica apresentam-se como ferramentas úteis para melhorar a integridade e a transparência dos relatos de pesquisa e limitar o número de estudos mal relatados (Moher et al, 2010).

Este capítulo foi baseado em uma sessão da série de webinars da rede LILACS sobre Boas Práticas no Processo Editorial, apresentada em 2019 (Box 1), e está estruturado em subtítulos que compreendem as seguintes perguntas:

  • O que são guias de redação científica?
  • Como surgiram os guias de redação científica?
  • Quem deve usar os guias de redação científica?
  • Como escolher o guia de redação adequado?
  • Qual o papel da Rede EQUATOR?
  • Qual o papel das revistas na redução do desperdício em pesquisa?
  • Quais os efeitos da utilização de guias de redação?

 

Caixa 1: Sessões virtuais: Boas práticas no processo editorial de revistas científicas para LILACS 2019

Flyer sesión Buenas prácticas en los procesos editoriales de revistas científicas para LILACS 2019

Guías de publicación de resultados de investigación científica
Link para a apresentação:https://www.youtube.com/watch?v=_1RSdV6mqIw

 

O que são guias de redação científica?

São documentos de apoio à redação científica, que incluem uma lista de checagem, um diagrama de fluxo e/ou um texto explícito para orientar os autores no relato de um tipo específico de pesquisa, desenvolvido usando uma metodologia explícita.(4)

A lista de checagem (checklist) orienta a inclusão de todos os itens necessários em cada seção de um manuscrito, a saber: introdução, métodos, resultados e discussão. O modelo de gráfico de fluxo indica os passos que devem ser detalhados nos processos de seleção e inclusão dos indivíduos no estudo. Geralmente, os guias de redação apresentam um texto explicativo que contextualiza o assunto, justifica a importância do guia e traz exemplos de seu uso.

Como surgiram os guias de redação científica?

Desde o início do século XX, há registro de publicações que ressaltam problemas na qualidade e dificuldades na compreensão dos métodos empregados em estudos e relatados em artigos científicos. Na década de 1980, foi crescente a preocupação com o relato dos ensaios clínicos, uma vez que a insuficiência de informações dificultava o processo de avaliação dos artigos e prejudicava a comparabilidade dos resultados. Na década de 1990, duas revistas médicas importantes – Annals of Internal Medicine e Journal of the American Medical Association (JAMA) – publicaram documentos que apresentavam orientações para o relato de ensaios clínicos randomizados: Asilomar e SORT. A recomendação SORT surgiu a partir da intenção de desenvolver uma escala para avaliar a qualidade dos ensaios clínicos randomizados, um elemento necessário para a condução de revisões sistemáticas. Depois disso, os grupos que desenvolveram essas orientações se reuniram, por sugestão do então Editor-Chefe do JAMA, e elaboraram o guia CONSORT (CONsolidated Standards Of Reporting Trials), que compreendia uma lista de checagem e um diagrama de fluxo. A primeira versão do CONSORT foi publicada em 1996, posteriormente, foram publicadas versões atualizadas em 2001 e 2010.(5)

Depois do CONSORT, foram desenvolvidos outros guias de redação, por pesquisadores que fazem parte de redes de colaboração ou grupos de pesquisas. Geralmente, é preparada uma lista inicial de itens, que é submetida à revisão por outros pesquisadores e, após diversas rodadas, é obtido o documento final. Inclusive, foram publicadas orientações para desenvolvedores de guias de redação para a pesquisa em saúde.(4)

Quem deve usar os guias de redação científica?

Os guias de redação científica são direcionados principalmente aos autores, para auxiliá-los na apresentação clara dos resultados das pesquisas.

Os editores de periódicos podem recomendar seu uso nas instruções aos autores e utilizarem os guias de redação no processo de avaliação dos manuscritos. É fortemente recomendável que as revistas incluam em suas instruções aos autores menção ao uso

dos guias de redação, e inclusive solicitem o envio do checklist referente ao tipo de estudo adequado no momento da submissão do manuscrito. 

Os revisores podem ser solicitados pelas revistas a usarem os guias, ou ao menos, as listas de checagem, durante o processo de avaliação por pares dos manuscritos. 

Quando os autores utilizam os guias de redação científica de maneira adequada, os editores e revisores podem compreender melhor o estudo e avaliar mais facilmente os métodos e resultados, o que pode diminuir o número de rodadas necessárias no processo de revisão e torná-lo mais rápido e objetivo.

Instituições de fomento à pesquisa também podem incluir os guias de redação entre os requisitos na aplicação de propostas, uma vez que o relato claro e completo da pesquisa financiada por meio do uso dos guias de redação pode facilitar a aplicabilidade dos resultados e proporcionar melhor retorno dos investimentos em pesquisa.(4)

Como escolher o guia de redação adequado?

Uma lista abrangente de guias de redação está disponível no portal da rede Equator (Enhancing the Quality and Transparency Of health Research), em: https://www.equator-network.org/

A Rede Equator é uma iniciativa internacional que visa melhorar a qualidade das publicações relacionadas à pesquisa. 

Em setembro de 2022, estavam disponíveis 534 guias de redação no portal da Rede Equator (Figura 1)

 

Portal Rede EquatorFigura 1: Portal da Rede Equator

 

Alguns dos guias de redação mais comumente utilizados são:

  • Ensaios clínicos randomizados – CONSORT
  • Revisões sistemáticas e metanálises – PRISMA
  • Estudos observacionais – STROBE
  • Relatos de casos – CARE
  • Pesquisas qualitativas – SRQR
  • Estudos pré-clínicos em animais – ARRIVE
  • Avaliações econômicas – CHEERS
  • Equidade de Sexo e Gênero na Pesquisa – SAGER 

 

No portal da Rede Equator, é possível realizar a busca de guias de redação e verificar em quais idiomas os documentos estão disponíveis. Também existem textos e slides que orientam sobre o uso dos guias para os principais tipos de estudos, bem como é disponibilizado o link para a ferramenta GoodReports (www.goodreports.org) que inclui os guias de redação mais utilizados e direciona os usuários para uma versão online da lista de checagem do guia selecionado.

Qual o papel da Rede Equator?

O trabalho da Rede EQUATOR contribui para incrementar o valor da pesquisa e ajuda a minimizar o desperdício evitável de investimentos financeiros e humanos nos projetos de pesquisa em saúde.(6) Seus principais objetivos estão descritos no Box 2.

 

Caixa 2: Objetivos da Rede Equator

  • Manter e desenvolver um conjunto abrangente de recursos on-line que fornecem informações, ferramentas e outros materiais atualizados vinculados ao relato de pesquisa em saúde (biblioteca para relatos de pesquisa em saúde).
  • Promover ativamente a utilização das diretrizes de relatos e boas práticas de relato de pesquisa por meio de um programa de educação e formação.
  • Auxiliar no desenvolvimento, divulgação e implementação de diretrizes de relato robustas. 
  • Apoiar revistas, universidades e outras organizações na implementação das diretrizes de relato por meio o desenvolvimento de ferramentas, estratégias, educação e outras atividades
  • Desenvolver projetos de pesquisa para reforçar o valor da pesquisa em saúde.
  • Configurar uma rede global de centros locais da Rede Equator, a fim de facilitar o aprimoramento dos relatos de pesquisa em saúde em escala mundial

Fonte: Adaptado de: https://www.equator-network.org/about-us/equator-network-what-we-do-and-how-we-are-organised/

 

 

A iniciativa originou-se em 2006, a partir de um grupo de pesquisadores e com a participação dos desenvolvedores do CONSORT e outros guias de redação existentes à época (Altman et al, 2016). Inicialmente, foi realizado o mapeamento dos guias existentes e uma pesquisa com os autores destes guias. Os resultados desta pesquisa evidenciaram a necessidade da harmonização dos métodos usados no desenvolvimento dos guias de relato, bem como a importância de se concentrarem mais esforços para a promoção de seu uso, sua implementação e avaliação de seu possível impacto.(7)

Em 2008, ocorreu o lançamento oficial da Rede EQUATOR que, desde então, desenvolveu-se sobremaneira. Seu portal na internet disponibiliza, em acesso aberto, além de centenas de guias de redação e listas de checagem, uma ampla e atualizada biblioteca digital de publicações relacionadas a guias de redação e publicação científica, além de ferramentas específicas para autores, editores e revisores de periódicos, bibliotecários, estudantes, professores e pesquisadores interessados no desenvolvimento de guias. O público-alvo destas iniciativas inclui também tomadores de decisão e outros produtores e usuários da pesquisa em saúde.(3)

Os membros da equipe da Rede EQUATOR trabalham para promover a rede, suas iniciativas e recursos. Desde 2014, foram criados diversos centros nacionais, para desenvolvimento de atividades nos países, visando aumentar a visibilidade e apoiar a adoção de boas práticas no relato de pesquisas, além de contribuírem para o trabalho da Rede EQUATOR como um todo.

A Rede Equator também colabora com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), desde 2010, em projeto para a produção e divulgação de materiais em português e espanhol. Para isso, foram criadas páginas específicas no portal da Rede Equator:

 

Entre os recursos, estão disponíveis uma biblioteca para relatos de pesquisa em saúde, que inclui, além do material relacionado aos guias, outras orientações e diretrizes sobre ética na pesquisa e publicação, pesquisas financiadas pela indústria, links para livros, cursos, apresentações, entre outros. Também são disponibilizadas outras ferramentas de apoio a autores, editores, bibliotecários e professores. Este conjunto de materiais, disponíveis em português e espanhol, tem grande potencial para promover a adesão aos padrões internacionais sobre relato de pesquisa nas Américas, o que também deve contribuir para incrementar a qualidade das publicações científicas na região.(3)

Qual o papel das revistas na redução do desperdício em pesquisa?

As revistas científicas têm o papel de incentivar o uso dos guias de redação pelos autores, por meio da exigência do envio da lista de checagem preenchida no momento da submissão, e/ou pela recomendação de seu uso aos autores nas instruções aos autores. Além disso, editores e revisores podem utilizar os guias de redação no processo de revisão dos manuscritos, conforme mencionado anteriormente. 

Ademais, diversas revistas se uniram à revista britânica The Lancet que lançou, em 2014, a campanha REWARD (REduce research Waste And Reward Diligence), buscando reduzir o desperdício de pesquisa e recompensar o rigor científico. A campanha foi amplamente divulgada entre os pesquisadores da área biomédica, convidando-os a examinar criticamente a maneira como trabalham para reduzir o desperdício e maximizar a eficiência das pesquisas. A Declaração REWARD (Box 3), também disponível em espanhol (https://www.thelancet.com/campaigns/efficiency/statement) pode ser endossada por periódicos e editoras de revistas científicas.

 

Caixa 3: A Declaração REWARD

 

Logotipo REWARD Reduce Research Waste and Reward Diligence

Reconhecemos que, embora busquemos a excelência em pesquisa, há muito a ser feito para reduzir o desperdício e aumentar o valor de nossas contribuições. Maximizamos nosso potencial de pesquisa quando:

  • Definimos as prioridades de pesquisa certas;
  • Usamos um desenho de pesquisa, uma condução e análises sólidas;
  • A regulação e a gestão são proporcionais aos riscos;
  • Todas as informações sobre métodos de pesquisa e achados estão acessíveis;
  • Os relatos de pesquisa estão completos e utilizáveis.

Acreditamos que temos a responsabilidade não apenas de buscar o avanço do conhecimento, mas também da própria prática da pesquisa. Isso contribuirá para a melhoria da saúde e da vida de todas as pessoas, em todos os lugares. Como financiadores, reguladores, organizações comerciais, editores, editores, pesquisadores, usuários de pesquisa e outros – nós nos comprometemos a fazer nossa parte para aumentar o valor e reduzir o desperdício em pesquisa.

https://www.thelancet.com/campaigns/efficiency

 

Um levantamento realizado em 2013 com 11% das revistas indexadas na base Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) revelou que 40% dos editores não conheciam guias de relato e mais de 70% das revistas não indicavam seu uso.(8)

Nesse cenário, é importante incentivar a adesão das revistas aos guias de redação e outras iniciativas voltadas à redução do desperdício em pesquisa. A atuação das revistas é fundamental para o crescimento da utilização dos guias de redação.

Recurso adicional: Vídeo disponível no canal do youtube da revista The Lancet s

Quais os efeitos da utilização de guias de redação?

O emprego dos guias de redação científica tem contribuído para melhorar a qualidade dos relatos das pesquisas. Estudo de revisão sistemática que comparou artigos publicados em revistas que endossam o CONSORT com aqueles em revistas que não indicam o guia em suas instruções aos autores, revelou que o escore de qualidade metodológica foi significativamente maior nos artigos publicados naquelas revistas que recomendavam o uso do CONSORT. Além disso, os artigos publicados nestas mesmas revistas apresentaram completude significativamente maior no relato dos itens constantes na lista de checagem para as seções de introdução e métodos.(9)

No mesmo sentido, observou-se que nas revistas que recomendam o PRISMA para redação de revisões sistemáticas, os artigos apresentam maior qualidade metodológica e transparência do relato, em comparação com aqueles publicados em revistas que não endossam o guia PRISMA.(10)

Com a utilização dos guias de redação, é esperada melhora da qualidade dos relatos de pesquisas. Em algumas situações, informações relevantes são omitidas pelo desconhecimento de sua relevância ou da necessidade de sua inclusão no artigo, por parte dos autores. Para os autores, é útil possuir um roteiro que indique os itens que devem ser relatados, o que facilita escrever sobre os tópicos, organizando as ideias e evitando que pontos importantes sejam esquecidos. O ideal é que o guia de redação adequado seja utilizado desde o planejamento da pesquisa, com inclusão dos itens que precisam ser relatados na seção de métodos, o que pode ser aproveitado para a redação desta seção correspondente no artigo. Entretanto, caso a pesquisa não tenha sido adequadamente planejada, os autores podem fabricar dados para preencher os itens da lista de checagem, o que pode se tornar uma desvantagem da orientação para uso dos guias de redação.(9)

Na maioria das vezes, o uso dos guias de redação torna os artigos mais completos e facilita sua avaliação. Contudo, cabe ressaltar que tais guias não têm como finalidade avaliar a qualidade metodológica dos estudos. Tal análise requer conhecimento e aprofundamento nos métodos de estudo e análises estatísticas. O papel dos guias de relato é assegurar que as informações relevantes para a avaliação metodológica estejam descritas de maneira clara e completa no artigos, de modo que os editores, revisores e leitores estejam munidos de todos os elementos necessários avaliar a qualidade metodológica dos estudos.(3)

Um descuido comum em pesquisas na área biomédica, bem como em outras áreas, é a falta de consideração ou o uso inadequado das categorias de sexo e gênero. A desconsideração das diferenças de sexo e gênero no desenho da pesquisa, na implementação do estudo e no relato científico, bem como na comunicação científica em geral, limita a capacidade de generalização dos achados das pesquisas e a sua aplicabilidade à prática clínica, para pessoas de ambos os sexos. Para encorajar uma abordagem mais sistemática para o relato de sexo e gênero na pesquisa entre disciplinas, foi desenvolvido um guia específico: as Diretrizes sobre Equidade de Sexo e Gênero em Pesquisa (Sex and Gender Equity in Research – SAGER).(11) As Diretrizes SAGER são um procedimento abrangente para relatar informações sobre sexo e gênero no desenho do estudo, na análise de dados, nos resultados e na interpretação dos achados. Podem ser utilizadas em conjunto com outros guias de redação específicos para desenhos de estudo. Sua adoção pelas revistas científicas é fundamental para incentivar seu uso que, por sua vez contribui para a promoção da equidade de sexo e gênero na pesquisa científica. Mais recursos sobre as diretrizes SAGER podem ser visualizados no Box 4.

Box 4: Recursos sobre as Diretrizes sobre Equidade de Sexo e Gênero em Pesquisa (SAGER)

 

Versões em inglês, espanhol, português e outros idiomas estão disponíveis no site da rede Equator: https://www.equator-network.org/reporting-guidelines/sager-guidelines/

Paola De Castro: Editorial guidelines for sex and gender equity in research (Apresentação realizada na 14ª COMET Conference (Communication, Medicine, Ethics). University of Aalberg (Denmark), julho 2016)

https://pt.slideshare.net/paodecas/de-castro-editorial-guidelines-for-sex-and-gender-equity-in-research-sagersagercomet2016 

Shirin Heidari: Equidade de sexo e gênero na pesquisa e na publicação (Webinar promovido pela Associação Brasileira de Editores Científicos – ABEC Brasil – em 8 de junho de 2021) 

https://www.youtube.com/watch?v=3hJmiJhXvRw

 

Considerações finais:

Guias de redação são ferramentas úteis para autores, revisores e editores. Seu uso tem o potencial para contribuir para a completude dos relatos, para a melhoria da qualidade do conteúdo científico publicado, e para a redução do desperdício em pesquisa, o que implica no dispêndio de esforços, recursos financeiros, tempo e, em algumas situações, riscos para os participantes.A transparência e a qualidade do relato das pesquisas científicas são elementos da integridade, cuja responsabilidade é compartilhada pela comunidade científica como um todo. A divulgação dos guias de relato e sua adesão pelas revistas científicas são considerados boas práticas editoriais e são fundamentais para aumentar o conhecimento sobre esses guias e incentivar seu uso.

 

Pergunta para reflexão:

Como minha revista pode contribuir para a divulgação e para o uso dos guias de redação?


Recursos adicionais:

Curso virtual sobre Guias de redação: ferramentas simples e poderosas para aumentar o impacto e a visibilidade de sua pesquisa

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em colaboração com a Rede Equator desenvolveu o curso virtual gratuito “Guias de redação: ferramentas simples e poderosas para aumentar o impacto e a visibilidade de sua pesquisa”. O curso, disponível no Campus Virtual da OPAS, tem como objetivo aumentar o valor da pesquisa e reduzir o desperdício em pesquisa, capacitando as pessoas que planejam conduzir, relatar, editar, publicar ou avaliar pesquisas em saúde, para o uso dos guias de redação.

https://www.campusvirtualsp.org/en/course/reporting-guidelines-simple-and-powerful-tools-increase-impact-and-visibility-your-research

 

Canal da Rede Equator no YouTube

https://www.youtube.com/channel/UC5eOqrfLGSnUGpAiaSsmPig

Contém diversos vídeos sobre os guias de redação e outros recursos disponibilizados pela Rede Equator.

Referências:

  1. Chalmers I, Glasziou P. Avoidable waste in the production and reporting of research evidence. The Lancet. 2009 Jul;374(9683):86–9. 
  2. Macleod MR, Michie S, Roberts I, Dirnagl U, Chalmers I, Ioannidis JPA, et al. Biomedical research: increasing value, reducing waste. The Lancet. 2014 Jan;383(9912):101–4. 
  3. Freire Galvão T, Tolentino Silva M, Posenato Garcia L. Ferramentas para melhorar a qualidade e a transparência dos relatos de pesquisa em saúde: guias de redação científica. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2016 Jun;25(2):1–2.[Acesso em 23 set. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.5123/S1679-49742016000200022
  4. Moher D, Schulz KF, Simera I, Altman DG. Guidance for Developers of Health Research Reporting Guidelines. PLoS Med. 2010 Feb 16;7(2):e1000217. [Acesso em 23 set. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1000217
  5. Altman DG, Simera I. A history of the evolution of guidelines for reporting medical research: the long road to the EQUATOR Network. J R Soc Med. 2016 Feb 15;109(2):67–77. [Acesso em 23 set. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1177/0141076815625599
  6. Simera I, Altman DG, Moher D, Schulz KF, Hoey J. Guidelines for Reporting Health Research: The EQUATOR Network’s Survey of Guideline Authors. PLoS Med. 2008 Jun 24;5(6):e139. [Acesso em 09 set. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pmed.0050139
  7. Simera I, Moher D, Hirst A, Hoey J, Schulz KF, Altman DG. Transparent and accurate reporting increases reliability, utility, and impact of your research: reporting guidelines and the EQUATOR Network. BMC Med. 2010 Dec 26;8(1):24. [Acesso em 23 set. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1186/1741-7015-8-24
  8. Glujovsky D, Villanueva, E, Reveiz, L, Murasaki, R. Adherencia a las guías de informe sobre investigaciones en revistas biomédicas en América Latina y el Caribe. Rev Panam Salud Publica. 2014 Oct;36(4). [Acesso em 09 set. 2022]. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/9736/04.pdf?sequence=1&isAllowed=y
  9. Turner L, Shamseer L, Altman DG, Weeks L, Peters J, Kober T, et al. Consolidated standards of reporting trials (CONSORT) and the completeness of reporting of randomised controlled trials (RCTs) published in medical journals. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2012 Nov 14;2013(1). [Acesso em 23 set. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1002/14651858.mr000030.pub2
  10. Panic N, Leoncini E, de Belvis G, Ricciardi W, Boccia S. Evaluation of the Endorsement of the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA) Statement on the Quality of Published Systematic Review and Meta-Analyses. PLoS One. 2013 Dec 26;8(12):e83138.[Acesso em 09 set. 2022]. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0083138
  11. Heidari S, Babor TF, de Castro P, Tort S, Curno M. Sex and Gender Equity in Research: rationale for the SAGER guidelines and recommended use. Res Integr Peer Rev. 2016 Dec 3;1(1):2. [Acesso em 09 set. 2022]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/pmid/29451543/

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