8.8.1

8.8.1

O descritor RADIAÇÃO e as radiações específicas aparecem na Categoria G como conceitos físicos. A maioria dos documentos trata dos efeitos das radiações e das radiações específicas do que da RADIAÇÃO em si.

Os EFEITOS DA RADIAÇÃO devem ser indexados pelo órgão, organismo, processo fisiológico ou psicológico ou pela substância afetada por radiação com o qualificador /efeitos da radiação, mas não indexar também por EFEITOS DA RADIAÇÃO. Deixar esse descritor para documentos mais gerais sobre os efeitos de radiação.

Não se deve coordenar rotineiramente RADIAÇÃO IONIZANTE e RADIAÇÃO NÃO‑IONIZANTE, e nem tentar identificar um raio como ionizante ou não‑ionizante, quando for usado o qualificador /efeitos da radiação. Esses descritores devem ser usados somente para documentos gerais ou quando o ponto principal do documento é a radiação ionizante ou não‑ionizante mas o raio específico não foi mencionado.

Se um tipo específico de raio é discutido no documento, indexar com o descritor específico  (RADIAÇÃO CÓSMICA, RAIOS ULTRAVIOLETA, etc), e também pelo objetivo do efeito (órgão, organismo, processo, etc.) com o qualificador /ef rad (como Primário).

O efeito da irradiação ultravioleta no estro de ratos.

RAIOS ULTRAVIOLETA *

ESTRO /ef rad *

ANIMAIS (Pré-codificado)

FEMININO (Pré-codificado)

RATOS (Pré-codificado)

 

Da mesma forma que RAIOS X, presume-se que /efeitos de radiação refira-se a raios X, a não ser  que seja especificado de outra forma no documento. Assim, não será necessário indexar RAIOS X, a menos que seja particularmente discutido.

O efeito da irradiação com raios X no fígado.

FÍGADO /ef rad *

(mas não também RAIOS X)

O descritor EFEITOS DE RADIAÇÃO deve ser usado para documentos sobre efeitos das radiações em geral. Não deve ser usado também para significar “irradiação corporal total” ou “radiação de corpo inteiro”. O descritor IRRADIAÇÃO CORPORAL TOTAL está disponível na Categoria E, mas esse tipo de irradiação normalmente aparece nos documentos como a técnica usada, mas o ponto principal do documento é o efeito da radiação e não o método. Nesses casos, indexar pelo órgão ou parte do corpo que foi alvo da irradiação com o qualificador /efeitos da radiação.

Os efeitos da radiação no homem: uma revisão.

EFEITOS DA RADIAÇÃO *

HUMANOS (Pré-codificado)

REVISÃO (Tipo de Publicação)

(Ver regra 9.9.23 sobre /efeitos da radiação).

8.8.2

O descritor LESÕES POR RADIAÇAO é usado para qualquer efeito nocivo da exposição à radiação no homem ou nos animai, e é quase sempre indexado como descritor Primário.

O descritor LESÕES EXPERIMENTAIS POR RADIAÇÃO é usado para documentos sobre efeitos conhecidamente danosos das radiações administradas a animais cordados com o propósito de aplicar a pesquisa aos problemas de lesões por radiação no homem e animais domésticos.

Não deve ser usado para documentos que envolvem animais de laboratório quando o objetivo do estudo é o efeito da radiação mesmo que o efeito tenha sido nocivo. Portanto, documentos sobre o efeito da radiação não são necessariamente sobre LESÕES EXPERIMENTAIS POR RADIAÇÃO Este descritor também é quase sempre indexado como Primário.

Se o efeito ocorrer em vários órgãos do corpo do animal é melhor indexar pelos órgãos com o qualificador /efeitos da radiação.

Não se deve usar o descritor LESÕES EXPERIMENTAIS POR RADIAÇÃO para documentos sobre efeitos letais ou sub‑letais em bactérias, vírus e outros microorganismos ou em formas de vida inferiores. A indexação correta nesse caso é pelo organismo com /efeitos da radiação.

(Ver regra 9.9.23 sobre /efeitos da radiação).

8.8.3

Vários descritores da Categorias G representam termos da área de fenômenos biológicos com especial referência aos processos fisiológicos no homem ou animal.

Muitos deles podem ser usados em coordenação com órgãos e organismos específicos e, nesse caso, devem ser indexados como Secundários.

Movimentos celulares ativados pela luz.

MOVIMENTO CELULAR /*ef rad

LUZ *

Os documentos sobre peso corporal são geralmente indexados como PESO CORPORAL (descritor Primário) ou seus específicos, mas peso dos órgãos quase nunca é indexado pelo descritor TAMANHO DO ÓRGÃO como Primário.

Peso corporal e resistência física.

PESO CORPORAL *

RESISTÊNCIA FÍSICA *

Peso do fígado em obesidade.

OBESIDADE /patol *

FÍGADO /patol *

TAMANHO DO ÓRGÃO

8.8.4

ENVELHECIMENTO é um processo fisiológico que começa no nascimento, por assim dizer, e continua até a morte; não está restrito aos adultos ou aos idosos. Embora muitos documentos sobre ENVELHECIMENTO estejam indexados com o pré-codificado IDOSO, o processo de envelhecimento atinge outros pré-codificados de faixa etária também. Na realidade, muitos documentos sobre ENVELHECIMENTO envolvem animais de experimentação, onde os pré-codificados de idade não podem ser usados.

Quando ENVELHECIMENTO é indexado como um processo fisiológico ele será descritor Primário. Entretanto, não confundir ENVELHECIMENTO com o termo IDOSO, um descritor para pessoas (Categoria M), ou com FATORES ETÁRIOS, relacionados à causa e efeito, ou DISTRIBUIÇÃO POR IDADE um conceito estatístico (Categorias G7 e N5). O DeCS também tem SENESCÊNCIA CELULAR e seu específico ENVELHECIMENTO ERITROCÍTICO.

IDOSO é discutido como um pré-codificado na regra 5.5 e como uma pessoa na Categoria M (Pessoas). Ver esta seção também para exemplos e discussão posterior sobre ENVELHECIMENTO.

8.8.5

O descritor GRAVIDEZ merece atenção especial por sua importância na cadeia da vida. Na regra 5.4, sobre o descritor pré-codificado GRAVIDEZ, é discutido o uso desse conceito como descritor ou descritor pré-codificado, com vários exemplos.

Indexar artigos sobre gravidez normal humana por GRAVIDEZ (descritor Primário). Se o descritor GRAVIDEZ ou algum específico da Categoria G8 for usado, deve‑se assinalar também os descritores pré-codificados ­GRAVIDEZ, FEMININO e HUMANOS, ou ANIMAIS, quando indeado PRENHEZ. Existem, no entanto, algumas exceções a essa regra.

Por exemplo, um documento estatístico sobre a incidência da síndrome de Down em crianças em relação à idade da mãe na época da gravidez (onde não figuram mulheres grávidas), será indexado por SÍNDROME DE DOWN /epidemiol *, IDADE MATERNA *, INCIDÊNCIA e os descritores pré-codificados HUMANOS, FEMININO, mas não também GRAVIDEZ. Mas, um documento sobre a primigesta idosa será indexada por IDADE MATERNA * com os descritores pré-codificados ­HUMANOS, FEMININO, GRAVIDEZ e a idade, se especificada.

Indexar documentos sobre gravidez normal em adolescentes por GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA (Primário). Acrescentar, também, os pré-codificados GRAVIDEZ, HUMANOS, FEMININO e ADOLESCENTE para este termo quando Primário.

Indexar documentos sobre gravidez normal em animais por PRENHEZ (descritor Primário) e acrescentar os pré-codificados GRAVIDEZ, FEMININO e ANIMAIS.

Nem todos os documentos sobre gravidez serão indexados com o pré-codificado GRAVIDEZ. Um documento sobre a idade materna sem envolver mulheres atualmente grávidas não necessita ser indexada com esse pré-codificado.

Gravidez patológica ou anormal, que muitas vezes se referem a gravidez complicada, é indexada como COMPLICAÇÕES NA GRAVIDEZ ou seus específicos na hierarquia

Documentos sobre PARIDADE também podem não incluir mulheres grávidas. Esses documentos normalmente enfatizam aspectos estatísticos, sociais, econômicos, etc., e não a gravidez fisiológica.

Documentos sobre GÊMEOS, TRIGÊMEOS, QUADRIGÊMEOS e QUÍNTUPLOS também podem discutir esses nascimentos múltiplos sem referir‑se à mãe grávida. Esses descritores referem‑se às pessoas em si e não à gravidez múltipla. Sob o ponto de vista materno, a gravidez de gêmeos seria indexada por GRAVIDEZ MÚLTIPLA e GÊMEOS.

Da mesma forma, um documento sobre TAMANHO DA NINHADA pode discutir somente a ninhada sem discutir o animal prenhe. E estudos embriológicos em que os embriões são coletados de animais prenhes experimentais não necessitam ser indexados com o pré-codificado GRAVIDEZ.

 

8.8.6

CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA é considerado um conceito fisiológico, e o qualificador a ser usado com uma doença associada será /fisiopatol e não /sngue.

Má circulação sanguínea na hipertensão.

HIPERTENSÃO /fisiopatol *

CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA *

COAGULAÇÃO SANGUÍNEA é considerada uma propriedade do sangue, e o qualificador a ser usado com uma doença associada será /sangue.

Perfis alterados da circulação sanguínea na AIDS.

SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊCIA ADQUIRIDA /sangue *

COAGULAÇÃO SANGUÍNEA *

 

HEMODINÂMICA é tratada como um conceito fisiológico comparável à CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA, e o qualificador a ser usado com uma doença será /fisiopatol. Hemodinâmica sistêmica deve ser indexado como descritor Primário e hemodinâmica regional como descritor Secundário.

Hemodinâmica dos rins na hipertensão renal.

HIPERTENSÃO RENAL /fisiopatol *

RIM /irrig *

HEMODINÂMICA

Hemodinâmica na hipertensão renal.

HIPERTENSÃO RENAL /fisiopatol *

HEMODINÂMICA *

8.8.7

Por causa dos vários significados da palavra ‘tolerância’, TOLERÂNCIA A MEDICAMENTOS é muitas vezes encontrada na literatura significando efeitos adversos de um medicamento. Deve-se consultar a nota de escopo do DeCS e reservar esse descritor para aqueles casos que significam uma eficácia reduzida ao longo do tempo. Nos documentos onde alguém não pode tolerar um medicamento, deve-se usar o qualificador /ef adv. Como Primário esse descritor é usado somente em documentos gerais.

Baixa tolerância a aspirina pode levar a úlceras estomacais.

ASPIRINA /ef adv *

ÚLCERA GÁSTRICA /ind quim *

(Não TOLERÂNCIA A MEDICAMENTOS)

O uso prolongado porde diminuir a eficácia dos anti-histamínicos.

ASPIRINA /ef adv *

ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES HISTAMÍNICOS /farmacol *

TOLERÂNCIA A MEDICAMENTOS

 

RESISTÊNCIA A MEDICAMENTOS e seus específicos na hierarquia referem-se à ineficácia de um medicamento contra um organismo ou doença. É descritor Primário somente em documentos gerais e Secundário se o medicamento específico é o ponto principal.

Mecanismos de resistência a múltiplas drogas em tumores.

NEOPLASIAS /trat farm *

RESISTÊNCIA A MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS *

RESISTÊNCIA A MÚLTIPLOS MEDICAMENTOS *

Resistência à neomicina em Streptomyces.

NEOMICINA /farmacol *

STREPTOYCES /ef farm *

FARMACORRESISTÊNCIA BACTERIANA*

8.8.8

IMUNIDADE possui vários descritores em sua hierarquia. Geralmente esses descritores podem ser coordenados com /imunol associado a uma doença, organismo ou célula.

 

TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA é a incapacidade de responder a um determinado antígeno. Na literatura isso pode ser referido como imunossupressão. Não deve ser confundido com o descritor IMUNOSSUPRESSÃO. Há também os descritores IMUNOSSUPRESSORES e HOSPEDEIRO IMUNOCOMPROMETIDO.

O papel das células CD4+ na indução da tolerância.

LINFÓCITOS T CD4-POSITIVOS /imunol *

TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA *

 

Atividade imunossupressora da bromocriptina.

BROMOCRIPTINA /farmacol *

IMUNOSSUPRESSORES *

8.8.9

A categoria G possui vários descritores do campo da genética e biologia molecular. Eles representam as unidades funcionais do material genético, sua organização, suas características, suas atividades na transferência de informações, os mecanismos pelos quais é controlado e os mecanismos pelos quais controla o desenvolvimento e a manutenção da célula, do indivíduo e da espécie.  Estão agrupados na hierarquia de FENÔMENOS GENÉTICOS (G5).

 

Há três circunstâncias nas quais os indexadores devem indexar DADOS DE SEQUÊNCIA MOLECULAR:

– quando um documento possui uma sequência de 50 ou mais bases o descritor SEQUÊNCIA DE BASES deve ser indexado, e o descritor DADOS DE SEQUÊNCIA MOLECULAR deve ser adicionado. A sequência de bases não necessita ser substancialmente discutida, a mera presença da sequência já permite a indexação do descritores.

– quando um documento possui uma sequência de 15 ou mais aminoácidos o descritor SEQUÊNCIA DE AMINOÁCIDOS deve ser indexado, e o descritor DADOS DE SEQUÊNCIA MOLECULAR deve ser adicionado. Novamente, a sequência não precisa ser discutida substancialmente, e o peptídeo ou proteína que contém a sequência pode não ser indexado, mas a informação da sequência deve ser indexada.- quando um documento possui uma sequência de 3 ou mais carboidratos o descritor SEQUÊNCIA DE CARBOIDRATOS deve ser indexado, e o descritor DADOS DE SEQUÊNCIA MOLECULAR deve ser adicionado. Novamente, a sequência não precisa ser discutida e o carboidrato específico pode não ser indexado, mas a informação da sequência deve ser indexada.

 

8.8.10

FENÔMENOS GENÉTICOS (G5) contém descritores que cobrem processos genéticos envolvidos na transmissão de traços hereditários de um organismo a outro, como, por exemplo, EXPRESSÃO GÊNICA, REPLICAÇÃO DO DNA e RECOMBINAÇÃO GENÉTICA.

8.8.11

Há vários descritores específicos sob EXPRESSÃO GÊNICA e REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA que podem ser usados para indexar estudos sobre a expressão gênica.

8.8.12

O indexador com bastante frequência deve optar por indexar um documento sob DNA /bios e REPLICAÇÃO DO DNA, conceitos que os autores usam de forma intercambiável. As funções que montam novas cadeias de DNA são coletivamente chamadas de síntese de DNA. Os estudos de síntese concentram-se em enzimas e fatores acessórios do ponto de crescimento da cadeia.

Efeitos do leite humano na síntese de DNA de hepatócitos de ratos recém-nascidos em cultura primária.

DNA /bios *

LEITE HUMANO *

HEPATÓCITOS /metab *

CÉLULAS CULTIVADAS

ANIMAIS RECÉM-NASCIDOS

ANIMAL (Pré-codificado)

RATOS (Pré-codificado)

 

REPLICAÇÃO DO DNA é um termo mais abrangente que inclui não apenas a síntese da cadeia de DNA, mas também sua iniciação e terminação. Os estudos de replicação, portanto, tendem a se preocupar com a maneira como a síntese de DNA inicia e para de tal maneira que cópias exatamente idênticas do DNA celular são distribuídas para cada célula filha.

 

Caracterização da replicação do DNA do cromossomo da Coxiella burnetii.

REPLICAÇÃO DO DNA *

COXIELLA BURNETII /genet *

CROMOSSOMOS BACTERIANOS *

DNA BACTERIANO /bios *

8.8.13

Autores frequentemente escrevem seus documentos e títulos em termos dos métodos usados ​​para estudar um fenômeno fisiológico. Os precursores de macromoléculas marcados com radioisótopos são usados ​​para estudar eventos bioquímicos nas células. Átomos radioativos incorporados podem ser detectados por autoradiografia. Aminoácidos e nucleotídeos são marcados com trítio (3H) ou carbono 14 (14C). A incorporação de timidina no núcleo das células é uma medida da síntese de DNA e proliferação celular, assim como a incorporação de uridina no RNA. Os indexadores devem reconhecer essa técnica e indexar a técnica como descritor Secundário, se houver, e o processo fisiológico com, DIVISÃO CELULAR, como Primário se nenhuma célula específica for indexada, ou como Secundário se uma célula específica for discutida.

Estudos autorradiográficos da proliferação celular no cérebro de ratos usando timidina tritiada.

CÉREBRO /citol *

DIVISÃO CELULAR

AUTORRADIOGRAFIA

TRITIO

DNA /bios

TIMIDINA /metab

ANIMAL (Pré-codificado)

RATOS (Pré-codificado)

Mas:

Questões sobre o uso da incorporação da timidina 3H como um método confiável para estimar a taxa de proliferação.

DIVISÃO CELULAR *

DNA /bios *

TIMIDINA /metab *

TRITIO

8.8.14

Na Categoria G5 existe o descritor RECOMBINAÇÃO GENÉTICA, que é a produção de novos arranjos de genes por vários mecanismos. Em sua hierarquia estão descritores como TRANSFERÊNCIA GENÉTICA HORIZONTAL, CONJUGAÇÃO GENÉTICA, TRANSFORMAÇÃO GENÉTICA, TRANSDUÇÃO GENÉTICA e TRANSFECÇÃO.

8.8.15

HIBRIDIZAÇÃO GENÉTICA é o processo genético de cruzamento entre pais geneticamente diferentes para produzir um híbrido. Este descritor não deve ser confundido com a técnica HIBRIDIZAÇÃO IN SITU ou hibridização do DNA que é indexado como HIBRIDIZAÇÃO DE ÁCIDO NUCLÉICO ou CÉLULAS HÍBRIDAS. Proteínas híbridas são indexadas sob PROTEÍNAS RECOMBINANTES ou seus específicos, dependendo de como são produzidas.

8.8.16

FENÔMENOS GENÉTICOS (G5) inclui ainda vários outros descritores importantes tais como MUTAÇÃO, POLIMORFISMO (GENÉTICA), PADRÕES DE HERANÇA, LIGAÇÃO GENÉTICA, FREQUÊNCIA DO GENE, que descrevem a mudança hereditária no material genético para a transmissão de características hereditárias de um organismo para outro.

1.8.17

Tecnicamente, qualquer alteração hereditária no material genético, seja uma aberração cromossômica ou uma alteração na sequência de bases no gene, é uma mutação. Para fins de indexação, os desvios estruturais no nível do gene são indexados sob MUTAÇÃO ou o termo específico hierarquizado sob MUTAÇÃO. É indexadocomo descritor Primário quando uma mutação específica é o objetivo do documento, ou quando o conceito geral é discutido.

Determinação das taxas de mutação retroviral.

RETROVIRIDAE /genet *

MUTAÇÃO *

 

Mutações surgem espontaneamente como resultado de operações celulares normais ou interações aleatórias com o meio ambiente, ou são induzidas por drogas ou radiação. O efeito de produtos químicos no DNA é referido na literatura como mutagenicidade, clastogenicidade, genotoxicidade e mitoclasticidade. Usar o qualificador /ef adv com medicamentos ou radiação fornecidos em dosagens aceitas que causam mutações. Utilizar o qualificador /tox com medicamentos utilizados experimentalmente ou com agentes ambientais que causam mutações. Não adicionar os qualificadores / ef farm ou /ef rad ao descritor MUTAÇÃO para mutações induzidas.

Efeitos genotóxicos do uso diagnóstico do tálio-21 na medicina nuclear.

MUTAÇÃO *

RADIOISÓTOPOS DE TÁLIO /ef adv *

 

Se um medicamento for testado quanto à mutagenicidade, usar o qualificador /tox com o medicamento, coordenado com MUTAGÊNICOS /tox. Não adicionar rotineiramente MUTAÇÃO, ou DNA /ef farm ou DANO AO DNA.

Avaliação da potência mutagênica in vivo do ácido etilenodiaminotetracético.

ÁCIDO EDÉTICO /tox *

MUTAGÊNICOS /tox *

8.8.18

ANÁLISE MUTACIONAL DE DNA é um descritor da Categoria E que é indexado para documentos que estudam as consequências genotípicas e fenotípicas de mutações, que ocorrem naturalmente ou são introduzidas, aleatoriamente ou direcionadas a um local específico do genoma.

Análise mutacional de dois motivos de sequência conservada na transcriptase reversa do HIV-1.

TRANSCRIPTASE REVERSA DO HIV /genet *

ANÁLISE MUTACIONAL DE DNA

SEQUÊNCIA CONSERVADA

Análise molecular de mutantes da cevada deficientes em cloroplasto glutamina sintetase

HORDEUM /genet * /imunol

CLOROPLASTOS /enzimol*

GLUTAMINA SINTETASE /genet *

ANÁLISE MUTACIONAL DE DNA

8.8.19

TESTES DE MUTAGENICIDADE é também um descritor da Categoria E que requer coordenação com  descritores da Categoria G. O problema para o indexador é decidir quais dos muitos descritores possíveis de indexar como coordenação. A diretriz geral é indexar os TESTES DE MUTAGENICIDADE como Primário se for o ponto principal do documento, adicionar o qualificador do organismo, a célula usada (se célula de mamífero) e a mutação medida, por exemplo, TROCA DE CROMÁTIDE IRMÃ, REPARO DO DNA, RESPOSTA SOS EM GENÉTICA ou ANEUPLOIDIA.

O ensaio de síntese de DNA não programado em culturas de hepatócitos de ratos: protocolos recomendados em laboratórios de testes de genotoxicidade.

TESTES DE MUTAGENICIDADE /métodos *

REPARO DO DNA *

HEPATÓCITOS /metab

CÉLULAS CULTIVADAS

HUMANOS (Pré-codificado)

RATOS (Pré-codificado)

8.8.20

FREQUÊNCIA DO GENE deve ser indexado como Primário quando for o ponto principal do documento, coordenado com o gene específico, a doença e um descritor geográfico ou racial.

Frequência do gene da talassemia alfa na população cubana.

FREQUÊNCIA DO GENE *

TALASSEMIA ALFA /genet *

CUBA

HUMANOS (Pré-codificado)

8.8.21

A Categoria G5.360 ESTRUTURAS GENÉTICAS contém vários descritores para cobrir objetos físicos que contém informação genética, por exemplo, CROMOSSOMOS ou GENOMA.

 

O uso do descritor GENES é ilimitado, uma vez que é subdividido em muitos descritores genéticos específicos, como GENES BACTERIANOS, GENES DE INSETOS, GENES DE PLANTAS, GENES REGULADORES, GENES RECESSIVOS, dentre outros.

 

Se o descritor do gene específico estiver disponível deve-se indexá-lo e não coordenar com o descritor geral.

Aminoácidos codificados a jusante da gag não são requeridos pelas proteínas do vírus do Sarcoma de Rous durante a montagem mediada pela gag.

GENES GAG *

VÍRUS DO SARCOMA DE ROUS /genet *

PROTEÍNAS VIRAIS /bios

(Não acrescentar GENES VIRAIS, ESTRUTURAS GENÉTICAS ou DNA VIRAL)

8.8.22

O descritor GENES REGULADORES também está disponível. Os genes reguladores codificam proteínas reguladoras que controlam a transcrição ligando-se a locais específicos no DNA. O DeCS divide isso ainda mais em genes reguladores específicos. SEQUÊNCIAS REGULADORAS DE ÁCIDO NUCLÉICO TAMBÉM ESTÁ DISPONÍVEL.

8.8.23

A rigor, os proto-oncogenes são celulares e os oncogenes são virais. No entanto, os autores não aderem a essa terminologia e costumam usar apenas o termo oncogenes quando se referem a ambos. O DeCS define ONCOGENES para abranger ambos os conceitos e hierarquiza abaixo de PROTO-ONCOGENES os descritores específicos. Esses genes abrangem as formas celulares e virais dos genes.

 

Os descritores dos produtos proteicos desses genes foram divididos em suas contrapartes celulares (c-onc) e virais (v-onc). Os produtos celulares e virais estão hierarquizados sob as PROTEÍNAS ONCOGÊNICAS.

 

O descritor GENES DE IMUNOGLOBULINA é usado para documentos gerias e como coordenação para imunoglobulinas específicas com o qualificador /genética.

 

ALELOS são formas mutuamente exclusivas do mesmo gene, ocupando o mesmo locus nos cromossomos homólogos. Frequência do alelo é um sinônimo de FREQUÊNCIA DO GENE, que deve ser descritor Primário se for o ponto principal do documento.

8.8.24

GENOMA é o complemento genético de um organismo, conforme representado em seu DNA ou, em alguns casos, em seu RNA. É um termo muito geral, portanto, prefira um termo específico pré-coordenado como, por exemplo, GENOMA ARQUEAL, GENOMA BACTERIANO, GENOMA HUMANO, GENOMA DE PLANTA, GENOMA VIRAL e outros.

8.8.25

Da mesma forma, os CROMOSSOMOS também é um descritor geral, existindo termos pré-coordenados específicos em sua hierarquia, como CROMOSSOMOS DE ARCHAEA, CROMOSSOMOS ARTIFICIAIS, CROMOSSOMOS FÚNGICOS, CROMOSSOMOS DE MAMÍFEROS, CROMOSSOMOS ARTIFICIAIS DE MAMÍFEROS e outros

8.8.26

Cada espécie animal possui uma constituição cromossômica específica (cariótipo) com o mesmo número de cromossomos do mesmo comprimento, forma, localização do centrômero e sequência de genes. Use o descritor CARIOTIPAGEM quando uma representação de um cariótipo for fornecida no documento.

8.8.27

Os desvios morfológicos do normal, em número ou estrutura, do cromossomo são indexados em ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS.

8.8.28

Muitos dos estudos de genética e biologia molecular descrevem os métodos utilizados na biotecnologia para manipular biomoléculas, a fim de caracterizar estruturalmente o material genético, isto é, determinar sua sequência nucleotídica (ANÁLISE DE SEQUÊNCIA) e obter mapas cromossômicos (MAPEAMENTO CROMOSSÔMICO), estudar seu funcionamento e a estrutura e o funcionamento das proteínas. Esse grupo de tecnologias é chamado de ENGENHARIA GENÉTICA (Categoria E5), GENÉTICA MOLECULAR ou tecnologia recombinante de DNA. Sequenciamento de DNA, clonagem de DNA (CLONAGEM MOLECULAR), ENGENHARIA DE PROTEÍNAS e MUTAGÊNESE são as técnicas mais importantes que levam a grandes avanços na biologia molecular. Embora a maioria dos descritores utilizados para esses documentos sejam da categoria E5, em TÉCNICAS GENÉTICAS, eles exigem coordenação com os descritores da Categoria G5. A tarefa do indexador é determinar quais das muitas coordenações possíveis a serem incluídas na indexação dos procedimentos e quais devem ser descritores Primários ou Secundários, e quais qualificadores atribuir. Técnicas que são o objetivo do documento, e geralmente mencionadas no título, são descritores Primários. Aquelas que são discutidas ou citadas como tendo influência nos resultados do estudo provavelmente são descritores Secundários. As técnicas mencionadas, rotineiras e pouco discutidas, provavelmente não são indexadas.

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